sábado, 12 de julho de 2008

Não sou parnasiana, sou paraibana

Há muito tempo tive um sonho
Que há pouco se realizou
O encontro do cerrado com o sertão
Em clima de poesia e São João

Mesmo com a chegada
A chuva nos recebia
O calor e o povo nos convidava
A fazer da Paraíba nossa moradia

João Pessoa que é habitada
Por Eymard, Wilton e Falcão
Também mora Yuri, Esdras Poeta
Hector, Yolanda e Dona Conceição

No outro dia, tamanha era a alegria
Que o Sol que de tão cedo nascia
Nenhuma nuvem aparecia
A Poli nem acreditava e tudo fotografava

Litoral sul da Paraíba era nosso destino
Cabo Branco, Seixas, Carapibus, Tabatinga
Tambaba, praia do Amor e Coqueirinho
Ao som das poesias de Drummond e D’os Anjos

Redescobrimos as sem-razões do amar
Do lamber da língua ao escarro
E que este vasto mundo, nada mais cabe
Em uma breve janela sobre o mar

Mas era final da tarde
Ao som do bolero o sol se esconde
Cedendo espaço a Lua
Que surge no horizonte

A lua cheia soberana sobre o mar
O poeta logo encheu o olho d’água
E na contramão da avenida
Paquerava aquele lindo luar

Depois de uma noite de sono e sonho
A integralidade se fazia
Mas esta só pode ser
Na vida percebida

Fomos a UFPB conferir
O protagonismo estudantil
Nas rodas de conversa da SaBuComu
De muito entusiasmo juvenil

Toda noite era de São João e forró no pé
E partimos para Campina Grande
Para conhecer o maior arraial do mundo
E assistir o show do Zé

No sábado, felizes e sem dormir
Fomos conhecer a comunidade Maria de Nazaré
Tinha estudante de odonto, enfermagem, química
Depois de planejadas as visitas, saímos a pé.

E cada qual com seu par
Era preciso, antes de tudo, abrir ouvidos e coração
Para conversar e conhecer
Das dores, Dona Graça e Conceição

Ainda não satisfeitas
De noite dançamos no KS
Ao som do forró Pé de Serra
Até que o sol nos aparece

Mas tudo isso não teria sentido
Se os golfinhos não tivessem aparecido
E com Yolanda, Poli, Maurizio e Dammi
Mais um sonho foi concluído

Umas das maiores emoções da minha vida
Apresentou-se na beleza de Pipa
Que só de lembrar faz arrepiar
Nadar com os golfinhos que chegaram bem pertinho

E lá se vai mais um dia
E nossa viagem infelizmente termina
E só saudades eu lhes digo
Paraíba: te levo comigo

Sem eira, beira, nem tribeira
E assim como o mato
Que não saiu do matuto
Paraíba, te faço este tributo

Meu nome é Tati
Que neste poema sem métrica e rima
Descobri-me, nem parnasiana e nem apenas goiana
Sou também paraibana...

Essa Poesia é de autoria de Tatiana Novais e contém palpites de Poliana Novais.
Aqui estão relatados pequenos fragmentos da viagem das irmãs e amigas Poliana e Tatiana Novais a João Pessoa e Pipa-RN, nos dias 17 a 23 de junho de 2008, época da festa de São João que pára e movimenta todo o nordeste.

Um comentário:

Tatiana disse...

acho q a poesia ficou brega, mas mais vale a boa intenção, a homenagem aos amigos que fiz e deixei por lá :D